Um escritor francês comentou em uma das suas obras a respeito da educação e orientação dos filhos, a próposito da tão controvetida educação moderna.
Contou, à guisa de ilustração, a seguinte história:
Um criminoso levado à barra do tribunal,depois de um prolongado e tumultuado julgamento, foi condenado a quinze anos de trabalhos forçados. Propondo manter-se calmo e resignado, ouviu de pé a leitura de sua sentença. Depois de concluida, ele pedindo permissão para se pronunciar, dirigiu ao plenário de autoridades presentes as seguintes palavras:
"Eu perdôo aos juízes a sentença que acabaram de pronunciar contra mim porque o seu julgamento fundamenta-se na justiça e no direito. Também perdôo a promotoria a sua enérgica acusação, a bem da ordem social aos crimes que cometi; cumpriu o seu papel e o seu dever. Perdôo, outrossim, as testemunhas que depuseram no processo, porque falaram somente a verdade. Perdôo os policiais que em breve me conduzirão para o degredo, porque eles executam oredens recebidas. Assim, não seria razoável acusar nenhuma destas pessoas pela minha condenação; receberei a punição como consequencia lógica dos males que pratiquei e, nesse particular,eles não tiveram a menor parcela de culpa e nem sequer participação, direta ou indireta, em qualquer um dos crimes cometidos por mim.
Entretanto, há neste recinto um homem a quem eu jamais poderei perdoar. E este homem senhores, pasmem todos, é o meu próprio pai que está sentado daquele lado (com o dedo indicador, apontou para o dsditoso velho, que compareceu ao julgamento do filho).
Se meu pai houvesse me orientado corretamente, corrigindo-me e até me castigando quando na minha adolescência e juventude procedia mal; se não houvesse me criado à rédeas soltas, cedendo a todos os meus caprichos e houvesse me ensinado à escolher,selecionar as minhas amizades, eu não estaria agora neste banco de réus porque seria um homem de bem. Por isso repito: eu perdôo a todos, mas não perdôo a meu próprio pai."
Esta declaração do réu, que não se sabem ser rela ou ficticia, pode nos parecer impiedosa,irreverente e até atrevida,porém, não poderá jamais ser classificada de mentirosa. Verdadeira ou Imaginária, a história deixa entender que o jevem falava em nome de centenas de outros rapazes e moças do passado e e muito mais do presente, que sofrem as duras consequências de uma orientaçaõ frouxa e desequilibrada.
Se Deus corrige na sua infinita misericórdia e longanimidade "corrige ao filho que ama", por que os pais hodiernos não seguem esse exemplo?
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